terça-feira, 25 de maio de 2010

Cascatas

Os dias começam cedo e acabam cedo. O sol põe-se às 17h30. Esperar até ser hora de jantar é um suplício. Hoje fomos ver (mais) duas roças, mais cacau, café, miúdos, muitos miúdos, mais do mesmo. No interior da ilha estamos no meio da selva, a estrada é assustadora. Passámos em duas cascatas e almoçámos numa delas, mas infelizmente foram uma desilusão. É bonito e tal, mas não dá para tomar banho e há imensos mosquitos e bicheza vária. É normal, estamos na selva, o sol mal se vê por cima da copa das árvores. A Roça Bombaim é engraçada e está bem preservada. Tem uma unidade de turismo rural a funcionar, só para corajosos e pessoas que procuram paz e silêncio total. Um dos caseiros, o Gonçalves, é uma personagem daquelas... gosta que lhe tirem fotografias "para levar para Lisboa". Nasceu em Cabo Verde, emigrou para o Príncipe e acabou ali. Não tem mulher nem filhos, nem lhe faz falta, diz ele. "Já estou velho..." (tem apenas 66 anos).

Estou cansada, não me apetece escrever. Estou numa esplanada, no alpendre do hotel. Já quase todos se foram deitar. Também vou. Por trás de mim o som do mar relembra-me que estou num paraíso. Fazes-me falta aqui. Até sempre...