sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Preguiça#24: Macacos me mordam

Há certas coisas que me deixam maravilhada, nomeadamente ao nível dos estudos que se fazem por aí. Li hoje que Scott Napper, investigador bioquímico da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, fez um estudo e concluiu que comer macacos do nariz traz benefícios para a saúde. Não sei o que é mais surpreendente, se o resultado do estudo ou o estudo em si. Gosto de imaginar o momento em que este senhor estava muito bem sentado no sofá e exclamou: “Já sei! Vou fazer um estudo sobre as virtudes das catotas do nariz como alimento!!” Ou então ia no trânsito e viu os condutores que aproveitam o sinal vermelho para retirar os ditos cujos das fossas nasais e gritou: “Eureka!”, ou assim… Como foi exactamente não sei, mas o que é certo é que este homem se fechou no seu laboratório e, através de experiências que nem quero imaginar, porque isso dos macacos do nariz é uma coisa que sempre me fez muita impressão, chegou à conclusão de que o contacto com os germes contidos no muco nasal ajuda a fortalecer o sistema imunitário das crianças. É assim como uma espécie de vacina badalhoca. Segundo ele, comer os macacos que se alojam no nariz pode trazer benefícios para a saúde das crianças, uma vez que aquele “alimento” guarda diversos germes, que provocam uma reacção positiva no sistema imunitário, reforçando-o. Segundo esta teoria, as crianças não deviam ser repreendidas por tal prática, uma vez que “pode servir como vacina natural”. Pessoalmente acho nojento, mas se pensarmos que a maioria dos cremes hidratantes que utilizamos, por exemplo, têm ureia na sua constituição; ou aqueles que agora estão muito em voga, com baba de caracol vendida ao preço do ouro, quem sabe se não haverá aqui uma oportunidade de negócio a surgir. Medicamentos contra infecções à base de “burriés”… olha, até podia virar uma coisa gourmet, não é? Nunca se sabe… Só espero que isto não sirva de desculpa para a malta que passa o dia a tirar macacos do nariz e a comê-los, que as vacinas é uma coisa que se toma em pequenino, nos adultos já não faz efeito e o estudo é bem claro nesse aspecto. Só tenho mais um comentário a fazer sobre este assunto: ca nojo! Desculpem lá. Até sempre. (Publicado a 20 Junho 2013)