Ficámos muito contentes por saber que o Tribunal Constitucional considerou anticonstitucional o corte nos subsídios de férias e Natal. Uma espécie de “nha nha nha nha nha nha, eu já sabia” como fazem os putos de 4 anos. Mas esquecemo-nos que isso significa que o orçamento ficou truncado e, portanto, até eu que não percebo nada de finanças consigo perceber que vão ter de ir buscar o mesmo valor a outro lado qualquer. Não me entendam mal, que eu gosto muito de receber o meu subsídio e, na realidade, o meu depende do dos outros, uma vez que o meu negócio é férias. Mas não pensem que o Passos Coelho e a sua corja vão passar a andar de bicicleta ou baixar os ordenados deles para remediar este pequeno contratempo de milhões. Quem vai pagar somos nós, na mesma. Por isso não vale a pena celebrar nada, que daqui a uns dias temos aí mais impostos para pagar: mais IVA, IRC, IMI e outros assim. Menos condições nas escolas públicas e hospitais; cortes nos desempregados, que cada vez são mais; cortes nos pensionistas, que passaram a vida a trabalhar para ganhar uma miséria (sim, esses é que me preocupam, os que ganham pensões milionárias não passam fome mesmo sem metade da reforma), etc. O que eu gostava mesmo de perceber é até onde é que a corda vai esticar. Porque a mim parece-me que as pessoas não aguentam muito mais. E eu estava a fazer conta que quando o meu filho tivesse 20 anos, isto já estivesse resolvido, mas assim parece-me que ainda vai demorar mais. Como diria um amigo meu: Segura-te Lurdes, que não há amanhã! Até sempre. (Publicado em 11 Abril 2013)
Casa e Mundo. Ou Mundo e Casa. Tanto faz.
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