Lembram-se de quando andávamos no liceu e passava aquele rapazinho/rapariguinha que nós não conhecíamos mas achávamos o máximo e ficávamos coradas/os até às orelhas? Ou quando estávamos numa aula a pensar em tudo menos no que o professor estava a dizer e, de repente, éramos chamadas/os à terra e corávamos que nem um tomate? Pois, era uma merda. Felizmente com a idade adulta vem a capacidade de disfarçar a nossa surpresa, camuflar algumas emoções, continuar conversas com lugares comuns como se tivéssemos estado a ouvir com muita atenção. E essas habilidades são muito valiosas ao longo da vida, se usadas com moderação, claro. É a passagem da inocência infantil que tudo diz sem reservas, para o socialmente correcto adulto. Uma passagem difícil, mas necessária e muito útil. Ou não, pelos vistos não… então não é o que os japoneses – grandas malucos – inventaram orelhas de gato e caudas de cão para os humanos usarem e demonstrarem através destes gadjets as suas emoções? Ao que parece, as orelhas já são corriqueiras, a invenção mais recente foi a cauda. A Neurowear é a empresa japonesa que constrói estes aparelhos curiosos que funcionam à base de estímulos de ondas cerebrais. Começou pela invenção do Necomimi, o par de orelhas de gato controladas pelo cérebro, e agora avançaram com o Shippo, a cauda de cão. A minha pergunta é porquê. Para quê? Quem é que quer isto? Pior, esta coisa da cauda não só te embaraça bastante na vida real como ainda manda informações para as redes sociais a informar os teus “amigos” de que estás contente por estar no parque, por exemplo. Se quiserem encomendar é aqui. Até sempre.
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Há 2 semanas