sexta-feira, 16 de março de 2012

Dona de Casa

Cada dia me convenço mais que sou uma péssima dona de casa. Não é o cozinhar, que graças a Deus (ou lá o que é) e à minha mãezinha, até me safo muito bem. Não é o lavar a loiça, que de há dois anos para cá até comprei uma máquina de lavar loiça em 10 vezes sem juros, que foi sem dúvida uma das melhores compras que fiz na minha vida. Não é o limpar o pó, que já dei o que tinha a dar para esse peditório e desde que descobri para que serve aquela pecinha do aspirador com umas franjas, limpar o pó passou a ser peanuts. Não é o limpar o chão, que desde que tenho uma esfregona vileda e um balde com um pedal para escorrer a esfregona a coisa até se faz bem e até é engraçada. Não é o passar a ferro, que eu detesto, mas quando me ponho a fazer isso com o rádio aos berros na M80, a coisa até flui e fico com uma sensação de paz e dever cumprido que compensa as dores de costas e de pernas que aquilo dá. Não é nada disso em particular, É TUDO!!!!

Não sei como é que as senhoras do "intigamente" se safavam, sem tecnologias a ajudar e maridos então, nem vê-los quando era para fazer estas tarefas menores. Eu detesto tudo e só faço porque tenho mesmo de fazer se não quero viver numa pocilga. E cada vez me parece tudo mais difícil e mais demorado e eu não tenho tempo nem pachorra porque passo o dia fora de casa e quando chego quero é desanuviar, dormir, passear, qualquer coisa que não implique ficar mais partida do que já estou.

O mais grave é que está sempre tudo a precisar que se faça qualquer coisa, o raio das loiças/roupas/cenas não vão para o sítio sozinhas. Quando for grande quero ter uma empregada doméstica duas vezes por semana. Pelo menos. E olhem que eu já não vou para nova. Até sempre.