A sensação é mais ou menos esta, o que imagino que sente alguém que foi atropelado por uma manada de elefantes. Está barulho aqui, tenho uma ameaça de dor de cabeça a nascer em cima do olho esquerdo. A minha mãe sempre me disse que dá sorte ter um elefante com a tromba para cima. Uma estatueta de um elefante, entenda-se, que lá em casa o animal de estimação de maior porte foi um boxer. Claro. Tenho saudades do meu Joaquim. É impressionante como depois de todo este tempo continuo a olhar para a porta, quando se ouve algum barulhinho e fico descansada a pensar que é ele. Claro que não é. Já devia de estar a domir, isso sim. Já há umas horas. Este é o típico post de que me vou arrepender amanhã. Como aqueles bêbados que ligam às ex namoradas a dizer que ainda as amam e depois desatam a chorar e perdem o telemóvel. Imagino eu. Só para se aperceberem que elas já têm outro e se estão a cagar. Que coisinha tão deprimente. Está aqui uma barulheira que nem me consigo ouvir a pensar. Estive a noite toda a acompanhar a custo conversas de merda. De pessoas que se esforçam demasiado por parecer mais felizes do que na realidade são. Não tenho paciência, juro, cada vez tenho menos paciência. Quando for velha vou ficar rezingona como o meu avô e picuinhas como o meu pai. Uma combinação explosiva. É o post 500 do meu blog e ainda não consegui perceber o que é que quero fazer com isto. Provavelmente também não é a melhor altura. Mas que gosto muito de vir para aqui pensar alto, gosto. Ainda vou fumar mais um cigarro e amanhã tiro o dia para não fazer nada. Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas: a efeméride com o nome mais comprido de sempre. Obrigada. Até sempre.
O fim da espécie
Há 4 semanas