terça-feira, 5 de abril de 2011

Random Nonsense

As pessoas nascem, crescem, namoram, casam, vão viver juntas, têm filhos, etc. Eu não, eu faço tudo ao contrário. Porque nasci grande, imagino... pior são as outras que escolhem ficar paradas. Vivem para infernizar a vida dos outros, esquecem-se que têm uma vida própria. Essas são parvas. E mais uma carrada de coisas que (não) se podia dizer. Está um calorzinho daqueles mesmo bons e daqui de dentro só sinto frio. Vou de férias, ah pois vou, mas ainda falta. Uma senhora vinha de táxi e o táxi avariou. Granda galo, já não bastava a greve do Metro, que aqui não há. Nem é preciso, porque veio logo outro táxi que a levou ao seu destino. Com letra minúscula, porque ao nosso Destino não chegamos de táxi, chegamos velhos e cansados, cheios de memórias dentro, com um sentimento de fim de festa e cheiro a cerveja retardada no ar. Detesto esse cheiro. Os cheiros são rastilhos prontos a incendiar memórias. O cheiro a terra molhada é o bairro da Estação. O cheiro a ervas secas é a casa da Felicidade. O cheiro a cerveja retardada é Coimbra na manhã seguinte ao Cortejo. O cheiro a éter é o meu pai a chegar a casa. O cheiro a tabaco é o meu avô a enrolar um cigarrito à porta de casa. Não sei onde é que eu queria chegar com isto. Esqueci-me. Eu que tenho uma memória tão (irritantemente) boa. Até sempre.