quarta-feira, 20 de outubro de 2010

500 Days of Summer


Foi o filme deste Domingo à noite. E gostei. Gostei principalmente porque o filme fala sobre uma coisa que eu já tinha pensado brevemente mas ainda não tinha tido tempo de formular uma teoria sobre. É agora...



Crescemos a ser alimentados através de desenhos animados, filmes, séries, letras de músicas, etc. com ideias de amor eterno, relações perfeitas ou não, mas que por mais tropelias que sofram no fim acaba sempre tudo "em bem". As meninas sonham com o dia em que irá aparecer o tal do príncipe encantado, montado num cavalo branco... e os meninos com a princesa de pézinho 36 para caber no sapatinho de cristal, bonita, bem educada, humilde e boa dona de casa. Vai-se a ver e passaram a vida inteira à espera desse dia, que nunca vem. À procura da relação perfeita (que não existe) ou da pessoa perfeita (que, lamento informar, mas também não existe). Ou apenas semi-contentes com a pessoa que têm, sempre a imaginar que poderá haver outra melhor. Sem se aperceberem que estão ansiosos e angustiados por uma eventual realidade que não poderão nunca conhecer ou alcançar.



Não sou muito de dar conselhos, no entanto isso do "happily ever after" é tudo muito bonito mas é nos filmes, na vida real não acontece. Pensem bem na pessoa que partilha a vida convosco. Se vos faz a vida negra ofereçam-lhe um par de patins para o Natal. Se até é porreira e compatível, apesar dos defeitos (que todos temos... até nós próprios, imaginem!), aceitem isso como um presente e deixem de esperar pelo que não vem. Até sempre.