sábado, 28 de agosto de 2010

E fui...


...e gostei... e em princípio hoje vou outra vez. Mas hoje vou de ténis (que ontem cheguei a casa com pés de "menina cigana") e levo um casaco mais a sério!

Há uma crença generalizada que esses tais "góticos" se vestem todos de preto, são pálidos, têm o cabelo comprido e a roupa cheia de alfinetes-de-dama e, por conseguinte, são uns grandessíssimos drogados, bebados e arruaceiros, que fazem sacrifícios animais em palco e humanos em casa. Chama-se a isso preconceito. Vestem-se maioritariamente de preto, sim, mas também de vermelho e verde e branco; são pálidos... alguns... têm cabelo comprido... alguns... droga não vi mais do que noutro qualquer festival de outra qualquer temática, bebados vi UM, à saída... repito UM! Até nas festas da aldeia da minha avó vejo mais bebados do que vi ontem!! Arruaceiros não vi, nem sacrifícios animais em palco (felizmente!!). O que eles fazem em casa não sei que nunca entrei em nenhuma, mas gosto sempre de imaginar esta malta de pijama e pantufas no sofá a ver o "Sozinho em Casa"... estou a dispersar...

É giro ser diferente no meio de tanta gente diferente! Mas havia mais pessoas "não-góticas" a apreciar o ambiente "vampiresco" e ao mesmo tempo simpático que decorou o Castelo de Leiria ontem.

O cenário é bonito e adequado ao tema, fico contente por finalmente ver tanta gente no Castelo e com um programa alternativo ao que normalmente se vê por lá. Mas nem tudo são rosas, como é normal, é a primeira vez que este evento se realiza e certamente haverão outras oportunidades para limar arestas, por exemplo: 4 casas de banho (daquelas de plástico, dos festivais e das obras) não são suficientes para tantas pessoas, pior se não estiverem espalhadas pelo recinto mas apenas concentradas num mesmo local. Resultado, houve muita gente a mijar "entremuralhas"...

No Palco Alma tocaram "Ashram" e "Ataraxia", música calminha (talvez até demais, surpreendentemente) com violinos e um toque medieval, sons diferentes, bom para ouvir sentado. Os cabeças de cartaz brilharam no Palco Corpo: "Project Pitchfork"! Um vocalista enérgico e incansável, sons fortes e crus, mais parecidos com o que eu imaginava quando penso em música gótica. O ponto alto do espectáculo foi o "Wake the Mayor" com o público a dançar e a gritar, mas mesmo assim não me parece que tenham conseguido acordar o tal senhor. Hoje há mais e o cartaz promete qualquer coisa parecido com "Dead Can Dance". Gosto muito. Até sempre...