
Metias-me as braçadeiras cor-de-laranja, quase nem era preciso tirar o ar de tão finos que eram os meu bracinhos. Pegavas-me ao colo e lá íamos nós, para o mar. Ficava aflita e cheia de medo, por ti, quando me levantavas no ar e suportavas a força das ondas cá em baixo. Passavamos a rebentação e depois largavas-me, sempre a uma distância segura, mas já sem perigo. Foi assim que aprendi a nadar. Contigo. Foi assim que aprendi muitas coisas contigo. Ajudavas-me a passar a zona de perigo e depois deixavas-me desenvencilhar sozinha. Sempre a uma distância de segurança. Eu sempre muito independente, muito "senhora" do meu nariz arrebitado. Tu sempre vigilante, mas com espaço suficiente para me deixares errar e aprender com as minhas cabeçadas. Foi sempre assim ao longo da vida e ainda hoje é assim. E agora já és avô. E vais ser sempre o melhor Pai. Até sempre...
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