Reviravolta (mais uma...)

E quando parece que é desta que as coisas vão melhorar e que vamos ter um pouco de estabilidade na vida... eis que se dá uma reviravolta, o "volte face", como os jornalistas tanto gostam de dizer.

Não mudei de emprego, faço o mesmo, estou é num sítio completamente diferente (e nada friendly, se é que me é permitido dizer), longe de casa, longe das caras conhecidas, como um peixinho fora do aquário. É uma situação temporária, só ninguém me sabe dizer ao certo quanto tempo é que vai durar.

Não mudei de casa, mas tenho de mudar. De facto esta casa não serve, mais vale admitir o engano e procurar um sítio melhor, mesmo que isso implique mais umas quantas dores de cabeça, mais uma mudança, mais despesas e mais problemas. Já mandei a carta ao senhorio, não aguento mais estar ali. Temos dois meses para resolver a situação, ou seja, encontrar nova casa, mudar tralhas e acertar as bússolas... mais uma vez. A nossa casa é o sítio onde temos de nos sentir bem, esta não é.

Não mudei de animal de estimação, mas tenho de me mentalizar que isso vai acontecer mais cedo do que se esperava. O meu Joaquim tem outro tumor. Não é operável nem responde a tratamentos, portanto estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para que ele tenha um final de vida feliz e digno. A notícia caiu como um terramoto, nem preciso de explicar, qualquer pessoa que me conheça percebe isso. Mas analisando friamente não sei o que é pior, saber que ele vai morrer ou não saber quando nem como. Mesmo que soubesse... não sei lidar com esta situação. Ponto.

Isso e outras questões que me atormentam o espírito, mais a merda da chuva que resolveu lembrar-me que se acabou o bom tempo e já estamos em Outubro. Não sou uma pessoa depressiva, mas compreendo perfeitamente porque é que no Outono há mais pessoas afectadas por esse tipo de doença. Enfim, "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas". Até sempre...