Comecei por ficar contente com a vitória do Raúl Castro. Sou daquelas pessoas que ainda acreditam que, quando as coisas não estão bem, devemos mudar para melhor. Ou pelo menos ter a coragem de mudar, para ver se é ou não melhor.
No entanto este contentamento foi de pouca dura, uma questão de meia hora. Constata-se tristemente que, supostos defensores acérrimos da Dra. Isabel Damasceno, que há 4 anos celebravam a vitória desta candidata em plena praça pública, e que à poucos dias irrompiam pela CML em gritos de injúria e acusações de corrupção ao candidato do PS, estão neste momento, novamente em praça pública e para quem os quiser ver, a celebrar a vitória de Raúl Castro. Há pessoas que nunca perdem, simplesmente mudam de camisola política (desportiva, ideológica, etc.) como eu mudo de t-shirt.
Estou a imaginar a cena: com uma bandeira do PSD já gasta numa mão e uma novinha em folha do PS na outra, à porta de casa, à espera do anúncio do resultado final na televisão, para saber qual levar para os festejos e a que sede de campanha se dirigir. Ridículo, no mínimo...
Serão os interesses imobiliários, os compadrios, as supostas cunhas, os movimentos livres em processos camarários assim tão fáceis de adquirir? Será a memória colectiva e da opinião pública assim tão curta? Será possível que essas pessoas não tenham um pingo de vergonha ou de rectidão ideológica?
Talvez um futuro próximo me ensine a ter mais fé nos dirigentes político-partidários... talvez não. Mas o que é certo é que esses de quem hoje aqui falo são pessoas falsas, sem escrúpulos, que não têm qualquer problema em pisar o próximo e utilizar meios desonestos e mesmo diabólicos para atingir os seus fins.
Que se faça bom uso do poder autárquico (ou de qualquer outro), que haja igualdade e celeridade no tratamento dos problemas dos munícipes, que se exerça uma verdadeira democracia, sem falsidades, sem corrupção, sem factor "C". Não é uma utopia, e não será assim tão difícil de conseguir, se estas pessoas forem denunciadas e desmascaradas nos seus intentos e agendas pessoais. Eu vou fazendo a minha parte. Até sempre...
Eu cá também vou fazendo aminha parte: vtando para a mudança, minorias do contra a trabalhar, e denunciando casos incríveis e ridiculos! Adiram ao movimento pois em CBR, cidade de estudantes, catalogados de revolucionários, e grandes cabeças, os pensadores deste país, ficou "tudo na mesma como à lesma"!
ResponderEliminarAh e só mais uma coisinha: agora muitas cabeças vão rolar, mas novos "tachos" vão-se arranjar! O que significa que o dinheiro dos munícipes vai continuar a encher os bolsos de quem está no "poleiro"...Até dá vontade de desistir e para a próxima juntar-me a eles...pode ser que arranje um "job for the girl"!