Sapatos de salto alto e outros objectos de tortura...

... que as gajas gostam de usar.

Ora bem, já falei aqui do meu grande vício dos sapatos e não quero falar muito mais porque de cada vez que este assunto vem à baila tenho de ouvir o senhor que mora comigo lá em casa a chatear-me a cabeça porque andamos a trabalhar para eu gastar tudo em sapatos. A verdade é que na terça-feira à noite andei a arrumar os ditos cujos sapatos, a fazer aquela transição dolorosa e anual em que as havaianas vão para o fundo de uma caixa de plástico (ou de madeira, que este ano tive mesmo de comprar um baú para caber tudo) e as botas saltam definitivamente cá para fora. Lembrei-me, já que ía mexer nos sapatos todos, de os contar, mas quando cheguei aos 25 pares baralhei-me com as caixas e depois desisti. Realmente começo a pensar que tenho sapatos a mais, e até tirei 3 ou 4 pares que já são mais velhos que a uva mijona e que eu já raramente uso para um saquinho. Ficou lá no arquivo "levar-para-casa-da-mãe-para-dar-aos-pobrezinhos-ou-assim", mas é bom que eu os leve de vez porque senão ainda os vou lá buscar novamente. Pobrezinha sou eu, pois então...

Continuando, desde que mudei de emprego tenho tentado ter mais cuidado para não andar todos os dias de ténis e para parecer uma "senhora" com saltos altos e tudo. Mas continuo a ter aquele pequeno problema de vir quase todos os dias a pé para o trabalho e quando venho de saltos altos chego pior do que se tivesse ído correr 18 kms antes de ir trabalhar. Isso e o facto de ir a andar muito bem, muito "senhora" e com ar decidido, e depois o salto fica preso no passeio e quase caio daquilo abaixo. Desastrada como sempre, mas com pinta! Hihihih... Mas pronto, a minha mãe sempre me ensinou que para ser mulher há que sofrer, por isso é que somos tão resistentes e temos filhos e menstruação e depilação e reviradores de pestanas e coisas assim que não lembram ao diabo.

Isto tudo para tirar o chapéu ao Nuno Markl que fez a experiência de andar uns dias de saltos altos a ver o que custa. Realmente, é de homem!! Estou desertinha para ler a reportagem na "Sábado", acho que ainda vou mandar umas belas gargalhadas a ler o que é que o senhor achou da experiência.

Hoje vim mesmo de ténis, tenho muitas voltas para dar à hora de almoço e não tenho tempo para andar a enfiar os saltos por esses passeios fora. A calçada portuguesa é muito bonita e tal mas na verdade não facilita nada a vida às gajas. Até sempre...