terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Carolina Salgado e os seus amargos de boca...

Toda a gente fala disto e eu achei que também devia dar o meu contributo para o assunto. Portista assumida desde que tive idade para saber a que clube realmente queria dedicar as minhas preferências, tenho dito várias vezes que sou do FCP e não do JNPDC. Não era preciso a Sra. Carolina Salgado vir lavar a roupa suja a público para se saber que o "Jorge Nuno", como ela se refere a ele, é um grande malfeitor. Mas o que é facto é que as palavras dela não são prova de nada, só a confirmação para a opinião pública daquilo que já se suspeitava.
Carolina Salgado lá vai vendendo os seus livrinhos a 9.90€, que na primeira semana já estavam esgotados e na 4ª edição. Espero que os direitos de autor sejam o suficiente para pagar as despesas com os seguranças, para ela e para os filhos. Mais espertos são alguns portuenses (e talvez portistas, quem sabe...), que à falta de livros nas livrarias vendem as suas edições fotocopiadas a 20.00€ e a 25.00€ se for encadernado. E vendem...
Mas como não tenho muito jeito para dar opiniões sobre estas coisas passo a palavra a um opinador de serviço, que é o Miguel Sousa Tavares:
"O que mais me custa, neste sórdido episódio da Dona Carolina Salgado, é vê-la sentada a uma mesa a autografar livros como se tivesse escrito um livro. Não escreveu: para começar, aquilo não é um livro, é um pedaço de papel higiénico que, depois de usado, seguiu para uma tipografia e encontrou uma editora disposta a chafurdar na lixeira. Depois, e como é óbvio, a senhora não escreveu coisa nenhuma, nem tem competência para tal: quem lhe encomendou a sale besogne, escreveu-lhe o livro e, no fim, recolheu-lhe a assinatura e deu-lhe aquele grandiloquente e ridículo título de Eu, Carolina, tipo Eu, Cláudio, obra de referência daquela escritora americana de literatura de aeroporto. O livro da Dona Carolina não é sequer literatura de aeroporto: é um dejecto de ressabiamentos e vinganças pessoais que eloquentemente ilustra não as origens ou a educação, mas o carácter da senhora. Porque, se é certo que a educação demora gerações a refinar, o carácter não tem que ver com isso. Ela não tem culpa de vir de onde veio, tem culpa, sim, de ser como é. Agora, a Dona Carolina vive bem mais do que os seus cinco minutos de fama. Tem as televisões e os jornais aos pés, tem leitores a pedir-lhe autógrafos e tem até (ó, suprema ironia, quem os ouvia a falar dela...!) benfiquistas prontos a acolhê-la e a transformá-la em Maria Madalena ou (deixem-me rir!) Carolina d'Arc. Mas, quando a poeira assentar, a pobre Carolina, como tantos e tantas outras antes dela, vai perceber que falou tanto que se enterrou até ao pescoço e que a validade do veneno que lhe deram para usar não era eterna. Em breve se tornará cansativa, inútil e desagradável à vista. E, então, regressará de onde veio, só que sem câmaras nem holofotes à sua frente e sozinha para enfrentar todos os processos judiciais e chatices de que agora, no seu patético arrebatamento, não deu conta. Exit Carolina."
Desagradável à vista já ela é... espero que as televisões arranjem depressa uma notícia com uma protagonista mais bem parecida que esta já enjoa. Até sempre...

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