Tenho uns amigos (amigos do coração) que tiveram a ideia original (típico deles...) de abrir em Leiria uma loja de "comércio justo". Excusado será dizer que nunca tinha ouvido falar em tal coisa, só mesmo eles para se lembrarem disso. Assim em poucas palavras, a ideia é comprar produtos a um preço justo, para depois os vender também a um preço justo, contrariando a tendência natural dos nossos tempos, que passa por explorar cada vez mais os trabalhadores e produtores para conseguir atingir o mercado a preços baixos. É uma "guerra" contra a guerra dos preços, onde normalmente quem sai prejudicado são os trabalhadores explorados pelos grandes, os produtores de países "terceiro-mundistas" que se vêm obrigados a vender os seus produtos ao preço da chuva, enfim, a realidade que todos conhecemos.
O Pérolas a Porcos não teve ainda oportunidade de fazer uma entrevista como deve de ser aos proprietários da Grão de Cacau, mas segundo o Região de Leiria o que se passa é o seguinte:
"Chá verde com jasmim do Sri Lanka, chocolate da Costa Rica ou compotas do Equador são alguns dos produtos, comercializados na Grão de Cacau. A diferença não está na origem dos produtos mas no tipo de comércio que é praticado na loja, aberta na Rua Acácio de Paiva, transversal à Rua Barão de Viamonte, em Leiria. De produtos alimentares aos artigos de higiene, artesanato ou vestuário, tudo se encontra na Grão de Cacau, que pretende incentivar o consumo responsável dos leirienses, através do comércio justo e solidário. Este tipo de comércio assenta em vários princípios, como o pagamento de um preço justo aos produtores, procurando melhorar as condições de vida e de trabalho de pequenos produtores desfavorecidos de países do terceiro mundo. A Grão de Cacau representa ainda uma marca portuguesa de vestuário. A escolha do centro histórico da cidade de Leiria para abrir o negócio, não foi por acaso. João Augusto explica que “é uma zona de culto, que merece ser apreciada”, até porque “não fazia esta loja noutro sítio. Só faz sentido aqui”. O proprietário coloca a hipótese de vender artesanato da região de artesãos que “privilegiem a qualidade e insistam em subsistir”. A Grão de Cacau pretende ainda consciencializar os leirienses para temas relacionados com a ecologia, globalização, ou cultura através de workshops e formações. Além disso, organiza eventos e outras acções."
Uma alternativa interessante, que contraria a tendência das chamadas "lojas dos 300" (agora com o Euro nem sei como é que o nome ainda não mudou...) e das célebres e quase tão populosas como eles próprios "lojas dos chineses".
Bem sei que nos tempos que correm queremos sempre comprar o mais barato, mas às vezes o barato sai caro, a qualidade dos produtos não é tão boa como seria de desejar e estamos inconscientemente a contribuir para a degradação das condições de trabalho em países longínquos. Posso assegurar, por experiência própria, que o preço justo não é assim tão mais caro, além de ser uma loja agradável e onde nos sentimos bem recebidos. Ainda dizem que os jovens de hoje não são empreendedores! Desejo toda a sorte para este projecto. Até sempre...
Viva o Comércio Justo.
ResponderEliminarViva...!
Boa ideia falar neste assunto, e ainda melhor a dos nossos amigos, né? Como disseste: só eles para se lembrarem duma coisa destas! Um Viva ao Comércio Justo e aos seus impulsionadores.
ResponderEliminarObrigada por falares no Comercio Justo.O que transcreveste da entrevista do João explica e muito o conceito Justo.Passem na loja para verem os produtos.Fiquem a saber mais sobre o comercio justo.Obrigada Miga
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